Continuando as postagens sobre minhas influências musicais.
No primeiro texto sobre o assunto, iniciei citando a banda Red Hot Chili
Peppers. Mas a verdade é que Red Hot foi
apenas a porta de entrada para uma era que iniciou no começo da minha
adolescência e se prolongou quase até o final dela. Uma época em que eu achava
- ou melhor, tinha certeza - que eu era GRUNGE.
E lá se foram horas e horas de Nirvana, Alice in Chains,
Mudhoney, L7, Soundgarden, Temple of the Dog...
Posso dizer que a banda que mais me marcou nesse período foi
o Nirvana. Suas músicas são um prato cheio para todo e qualquer adolescente que
se acha único na sociedade e possui energia de sobra para falar de revolta,
injustiça e loucura. Foi por causa do Nirvana que eu aprendi a tocar guitarra
(minha primeira música foi Polly), e apesar de todas as minhas dificuldades no
instrumento, ao longo dos anos eu acabei aprendendo a tocar TODAS as músicas da banda. Sim, isso mesmo, todas.
Ok, não são difíceis, Kurt Cobain não era um guitarrista virtuoso. Mesmo assim,
houve uma época em que eu havia decorado todos os acordes de todas as músicas,
e as tocava incessantemente.
Passei alguns anos usando apenas calça jeans rasgada, flanela
e All Star - naquela época era um tênis barato. Andava sempre com um violão ou
uma guitarra nas costas, bebia vinho que não custava mais que R$ 2,00. Saía de
casa com o dinheiro contado para pegar o ônibus de volta, mas acabava gastando
as moedas com bebida ou alguma porcaria de comer, voltava a pé.
Não há orgulho, muito menos arrependimento do que vivi
naquela época. Eu era adolescente e estúpido, o que é quase um pleonasmo, eu
sei.
A verdade é que Nirvana marcou aquele período da minha vida,
e aqui vai uma música da banda para encerrar o post (optei por uma que não
fizesse parte do tão famoso Nevermind. Infelizmente ela não possui clipe
oficial, então escolhi um vídeo que tivesse a letra da música):
Frances farmer will have her revenge on Seattle