Um organismo simples formado de uma única célula, digamos, uma ameba, não apenas está vivo mas se empenha em continuar vivo. Sendo uma criatura sem cérebro e sem mente, a ameba não sabe sobre as intenções de seu próprio organismo assim como nós sabemos sobre nossas intenções equivalentes. Porém, ainda assim a forma da intenção está presente, expressa na maneira como a criaturinha consegue manter em equilíbrio a composição química de seu meio interno, enquanto a sua volta pode estar havendo uma tremenda comoção.
O que estou tentando mostrar é que o ímpeto de manter-se vivo não é uma propriedade exclusiva apenas de seres racionais, como nós, seres humanos. De um modo ou de outro, dos organismos simples aos complexos, a maioria dos seres vivos apresenta essa propriedade.
O que estou tentando mostrar é que o ímpeto de manter-se vivo não é uma propriedade exclusiva apenas de seres racionais, como nós, seres humanos. De um modo ou de outro, dos organismos simples aos complexos, a maioria dos seres vivos apresenta essa propriedade.
O que efetivamente varia é o grau em que os organismos tem conhecimento desse ímpeto. Poucos deles têm. Mas o ímpeto está presente, quer o organismo saiba disso ou não. Graças á consciência, os humanos são em grande parte cientes dele
Autor - Antônio Damásio
Autor - Antônio Damásio